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quarta-feira, 6 de março de 2013

Bienal de Artes de São Paulo - uma breve reflexão sobre arte e mercado




A Bienal de Artes e São Paulo é o principal evento brasileiro que reúne grande diversidade de obras de arte contemporânea de artistas atuantes do país e de fora dele. Até hoje foram realizadas 30 edições e, ao longo dos anos de sua existência, são definidos temas, focos e formas de realização de acordo com as demandas e reflexões de determinado tempo.

Considerando que a primeira edição ocorreu em 1951, a Bienal de São Paulo já sofreu uma série de mudanças e adaptações tanto em sua curadoria como em sua organização, que permitem um diálogo mais ativo entre visitante e obra. Hoje, por exemplo, a Bienal trabalha na formação de uma equipe de jovens estudantes de arte para execução de visitas monitoradas, em que há um acompanhamento atencioso com os visitantes. Isso gerou um interesse por parte de escolas (não só escolas e arte, mas escolas públicas e ensino fundamental e médio) em organizar visitas de seus alunos a Bienal.


O fato de ocorrer dentro do Parque do Ibirapuera acaba também gerando interesse de diferentes públicos -não só os estudantes ou artistas- em conhecerem os trabalhos ali apresentados. São Paulo é uma cidade que conta com uma estatística em que somente 10% da população já visitou um museu. Nesse caso, é interessante que se escolha um local onde tradicionalmente é uma área de lazer acessível da cidade para a realização deste evento.


Outro fator importante de ser citado é que a Bienal, principalmente nos últimos anos de sua realização, tem se preocupado em incluir formas de arte que não sejam necessariamente as artes plásticas. Vídeos, projeções e performances tem ganhado espaço dentro do evento. A partir disso, nos despertamos para uma questão interessante entre espaço e obra, que é por assim dizer, uma discussão recorrente no campo a arte contemporânea. Quadros e esculturas dentro de um museu são usualmente encontrados e talvez por isso, mais socialmente aceitos.


Performances que trazem para o espaço museológico áreas como a dança e as artes cênicas, que convencionalmente são esperadas em palcos, geram reações e comentários fervorosos e polêmicos, trazendo para a discussão da arte contemporânea um ponto chave: o corpo.  Um exemplo claro de como essas performances geram impacto tanto na sociedade como na própria organização interna da Bienal, foi o trabalho de José Celso Martinez Corrêa, com direção coreográfica de Luciana Brittes, direção artística de Fábio Delduque e direção musical de Raquel Coutinho. Baseado na obra de Flávio de Carvalho “O bailado do Deus morto”, a performance ocorreu na abertura da 29° Bienal com cerca de 40 performances entre eles os próprios diretores. Com som alto, roupas e pinturas de barro e folhas mostrando praticamente o corpo too dos performances, eles descerem pelos pavilhões da Bienal em um verdadeiro ritual gerando discussões e divergências a respeito, principalmente, da nudez.


É interessante como algo que se propõe atualizado com a discussão artística do momento histórico, ao mesmo tempo não comporta muitos dos trabalhos artísticos apresentados, por se tratar de um espaço institucional e em constante negociação com o Estado. Há uma adaptação, um certo “entrar nos moldes” que é antes necessário, para depois a ser a própria realização artística.


Dessa forma a busca é atentar, a partir desses assuntos, para a discussão maior do que é contemporâneo. Ao mesmo tempo em que há muitas referencias e fontes preocupadas em refletir esse assunto, há também uma situação explícita da sociedade de consumo em que vivemos, em que a arte não escapa ao modelo. Há um mercado artístico que transforma- pela forma como se organiza- toda a arte que é chamada de contemporânea, em um modelo mediado pelas relações econômicas que permeiam esse campo. E essas adaptações limitam o que é tido como possível de se realizar, colocando formas tradicionais e se realizar no contemporâneo.

Texto produzido para o trabalho "O que é contemporâneo", na disciplina de Estudos Crítico-analíticos IV sob orientação de Fátima Wachowicz. Licenciatura em Dança - UFBA (04/03/2013)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Um estado corpo-peixe



O solo intitulado “Piranha”, de Wagner Schwartz, foi apresentado na PID (Plataforma Internacional de Dança) realizada na cidade de Salvador, nos dias 7 e 8 de Dezembro de 2012. Eu pude ir à apresentação do segundo dia, às 18horas.
            Entramos no teatro e logo a luz se apaga. Começa a passar um vídeo juntamente com um som de interferência e microfonia. Esse vídeo consistia basicamente em um diálogo da tela com os espectadores, sendo apresentado um pequeno texto, porém com uma frase de cada vez, dando o tempo de se ler e compreender pouco a pouco o que estava sendo dito. As frases diziam algumas informações e diferenciações características do peixe piranha: origem do nome, diferentes nomes, o que come, onde vive etc. Isso intercalado por alguns momentos de imagens digitais, que mais pareciam códigos ou algum tipo de configuração.
            Depois de aproximadamente 15 minutos de imagens projetadas, a tela e a luz se apagam novamente. Entra o artista. Coloca-se no canto direito do palco com uma luz fria que vinha de cima para baixo. Suas roupas também trazem a frieza das cores: uma camisa cinza básica e uma calça cor de gelo. 
            Não sei exatamente que adjetivo usar para a qualidade de movimento que ele começa a explorar no palco. Algo como “tremer” ou “vibrar”, num movimento constante que muda de escala ao longo do tempo. Durante 40 minutos essa qualidade de movimento é a única explorada, e aquilo que se inicia leve e sutil, vai crescendo progressivamente, não como uma mudança clara de intensidade e velocidade, mas como um aumento natural da reverberação de um movimento contínuo no corpo. Não há um momento específico em que o movimento amplia e se transforma, pois isso é um processo percorrido de forma gradual, onde o corpo passa pelo limiar do movimento voluntário e involuntário.
            Essa qualidade do tremer ou vibrar, juntamente com a camiseta de tecido mole, constrói uma imagem associada diretamente ao nome “piranha”, principalmente pelo fato de ser um peixe: O artista se coloca em movimento como de um peixe fora d´água, agitado e instintivo, respondendo apenas às próprias necessidades decorrentes do estado corporal em que ele se coloca.
            Atrelado a isso os fortes sons de ruídos altamente tecnológicos e digitais que persistem do começo ao fim. Som e movimento permanecem numa mesma linha do começo ao fim, transformando-se por uma reverberação progressiva, o que me leva a lembrar da palavra “transe”. Esta palavra é delicada de se colocar, pois há diversos entendimentos diferentes e enraizados em seus próprios contextos ou áreas do conhecimento. Portanto, coloco transe aqui como algo proveniente de uma longa repetição, que se prolonga constantemente de forma a gerar drasticamente um estado corporal alterado, distante do estado experimentado na vida cotidiana.
            É com a exploração dessa intensa repetição, que Schwartz cria a diferença. Não é possível dizer que ele fez a mesma coisa estes 40 minutos. É no fazer constante que se encontram, nos lugares mais sutis do corpo do artista, as características especificas daquele corpo, que nenhum outro pode fazer igual. É a exploração da qualidade de movimento tremer, que não necessariamente é uma novidade do campo da arte contemporânea, mas é o jeito que essa pessoa específica, no caso Wagner Schwartz, encontrou de levar para a cena tal experiência de corpo.
            Sua última ação colocada em cena é o momento em que vira o tronco para traz em direção sagital, e deixa completamente visível o movimento de abrir e fechar das costelas, provocado pela respiração intensa após tanto tempo de repetição progressiva.  De volta a uma escala micro do movimento, associando ao estado-peixe mais uma vez, suas costelas lembram o movimento de guelras fora d’ água.
            Cria-se um estado corporal e isso interfere no estado pessoal de todos que estão ali, olhando pra ele. Alguns cansados, outros angustiados, outros simplesmente pensativos. Todo tipo de obra sempre irá afetar diferentes pessoas por diferentes motivos, de acordo com o estado de cada um naquele momento, fazendo-nos associar com as experiências que temos até aquele exato momento. E aí, saímos, carregando mais uma experiência nova, associando com nossa arte, ou com nossa vida, ou com nada. Mas observando a disponibilidade de um artista em compartilhar com o mundo sua inquietação pessoal, que nunca saberemos exatamente de onde vem. 


Texto elaborado para a diciplina de Estudos Crítico-Analíticos em Dança IV, Professora Fátima Wachowicz - Licenciatura em Dança - UFBA. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Fuga? Espiritualidade? Vanguarda? Afinal, que história é essa de eletrônico?

É a primeira vez que venho escrever aqui assim, direto, sem escrever no papel antes. É que acabei de passar uma situação que me fez querer escrever sobre, até pra me ajudar a organizar minhas idéias.


Desde o começo do ano venho coletando informações e materiais, conversado com pessoas e exercitando a reflexão a cerca de um assunto que cada vez mais me interessa, do ponto de vista acadêmico: os festivais de música eletrônica. Mais do que isso, o lugar do corpo nesses eventos.


Claro que vejo um forte interesse mercadológico do ponto de vista da produção dessas festas. Normalmente é tudo caro e se faz um marketing verde fortíssimo para promove-las. No fim das contas, você chega na festa e nem a coleta seletiva está sendo feita. Isso logicamente não pode ser excluído, mas também temos de pontuar a forte influência da Rede Globo, no início dos anos 2000 para criar uma aversão coletiva a este tipo de festa. Os pais não queriam mais que seus filhos fossem, pois acreditavam ser um lugar perigoso em que o tráfico de drogas rolava solto.

Que rola muita venda de drogas, é fato. Mas também é fato que em todas as festas que fui até agora (São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro) encontro com pessoas que compartilham de muitas formas de entender o mundo e as relações, pessoas que realmente estão em processo de reflexão, tentando aplicar a vida prática e cotidiano vivências e sentimentos provocados na pista de dança.


As pessoas com mais de 40 anos que não são DJ's ou que não tem contato com a cena, conservam muitos preconceitos a respeito dos festivais. Minha tia hoje me disse: "Eu acho que ninguém está buscando espiritualidade. Isso é fuga". Bom, não sei porque, mas me irritou. Ora, acho que muita gente está fugindo da sua realidade cotidiana sim, mas sinceramente não vejo mal nisso. Além do que quem determina um caminho certo para espiritualidade? As vezes, quem medita alcança certo estágio que outro alguém só alcança na pista de dança. Sem contar, que em todos os festivais que fui, sempre tem alguém meditando em algum cantinho do chillas...

Tenho buscado referências teóricas, pois é isso que interessa na Universidade. Encontrei a dissertação de Tiago Coutinho, que é muito abrangente de vários aspectos dos festivais, sem ter uma visão limitada, levando em conta diferentes pontos de vista.



Do ponto de vista do corpo ele pontua que são festas responsáveis por permitir um "jogo de sentidos". Tanto você se relacionando com você, como com as pessoas e coisas a seu redor. E a música maestra todas as sensações. A frequência das caixas de som fazer nossa audição não captar mais a informação, sendo ela detectada pela vibração da caixa toráxica. Paramos de ouvir e passamos a sentir. E é isso que me interessa estudar, do ponto de vista do corpo.

Aí me deparo com outra crise (além de estar em um longo processo de diálogo com os membros de minha família, tentando explicar que não estou falando apenas de fritação, embora ela faça parte também): o fato de que, por ser algo totalmente contemporâneo, não sei QUEM dentro da acadêmia está interessado em me orientar. Na verdade, começo a pensar inclusive se eu não devia estar cursando antropologia. Segundos depois vejo que não, que é dança mesmo, o que me interessa sou eu, é o corpo...mas, falar de raves sem estar louco ainda parece loucura. 



Mas aposto que daqui a uns 30 anos, assim como hoje LOUVAM o movimento hippie, estarão pontuando experiências individuais e coletivas que estão a todo o momento se fazendo pelo mundo, na cena da música eletrônica. Quem não conhece, por favor, tome cuidado ao referir-se a ela. Quem está na cena acredita muito no que está fazendo.E quem participa, não generalizando, mas está sim em um processo de busca contínuo, em que muitas coisas são de FATO vividas na pista. Minha vinda pra Bahia me fez entrar em contato com gente muito séria da cena eletrônica, que sabe o que quer, metem as caras pra produzir as festas e manter a cena girando, fortalecendo, promovendo encontros e trocas.

A meu ver, pode ate ser considerado nascimento de uma vanguarda. Seguindo a perspectiva de Richard Kostelanetz:

"O termo vanguarda refere-se àqueles que estão no front, abrindo o caminho que outros tomarão.(...) transcende as convenções correntes da arte, em vários aspectos, estabelecendo uma distância discernível entre si mesmo e a massa das práticas mais usuais"
Do ponto de vista da música, principalmente, a meu ver, o eletrônico segue esses preceitos.

É muito difícil, mas a única coisa que sei é que cada vez que alguém vem com algum comentário preconceituoso ou resistente a essa nova galera, que propõe novas experiências, eu me sinto mais na obrigação de produzir CONHECIMENTO sobre isso, academicamente, colocar esses assuntos em pauta na acadêmia.Como diz um amigo meu "alguém precisa conceituar a cena, pra ela ganhar legitimidade". Se tem algo que é verdadeiramente contemporâneo é a cultura eletrônica e, garanto, que se nenhum Doutor quiser me orientar, seguirei a pesquisa sozinha.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Maias falam sobre crise de consciência

Recebi esse e-mail de Mônica Julberg, vale muito a pena ler pra entender melhor o que os Maias falavam. Eles levavam uma vida conectada com a natureza, com os ciclos dela. Nosso modo de vida nos afastou totalmente disso, mas não podemos negar: os ciclos existem. E as coisas continuam acontecendo, mesmo que a gente se prenda a mil idiotices consideradas essenciais na sociedade contemporânea.
"Profecia de 2012 será sobre
crise de consciência":
Fernando Malkún


 O tempo  de Fernand Malkun é dividido entre a investigação e conferências. Recentemente, fez palestras em Bogotá, e no próximo mês será ao sul do continente.

 
O especialista em cultura maia explica o que  esta civilização escreveu durante o próximo ano.
Há quinze anos atrás, Fernando Malkun, barranquillero ( natural de Barranquilla, uma cidade da Colômbia) de origem libanesa, deixou a arquitetura que tinha estudado na Universidade de los Andes, e a qual havia se dedicado por  quase uma década, para responder às perguntas que se atravessaram em sua vida. Durante esse tempo, ele se encontrou com a cultura Maia e dedicou-se completamente ao seu estudo. Hoje é um especialista no tema, com reconhecimento internacional e continua viajando pelo mundo  explicando a mensagem que esta civilização deixou para os seres humanos.


Os maias disseram que o mundo iria acabar em 2012?

Estão gerando um pânico coletivo absurdo aduzindo que eles tinham anunciado que o mundo iria acabar em dezembro de 2012. Não é verdade. Os Maias nunca usaram a palavra fim.  Anunciaram um momento de mudança, de grande aumento de energia do planeta, o que causaria "eventos de destino", isto é, definitivos, nas pessoas. O problema é que o nível de consciencia da maioria das pessoas atinge apenas o fim do mundo e não a transformação de consciencia.

Quando isso vai acontecer?

Não vai acontecer, está acontecendo. As pessoas não estão juntando todas as peças do quebra-cabeças para perceber isso. Acreditam apenas que estes eventos atuais são causados por um conjunto de "coincidencias" evolutivas. Mas estamos em uma onda de mudanças como nunca antes.

O que se percebe, segundo o que é dito pelos Maias?

A profecia anunciou que o planeta  aumentaria a sua freqüência vibracional, o que é um fato: esta freqüência, que  se mede com a ressonância Schumann, passou de  8 a 13 ciclos. Todos os planetas do sistema solar estão mudando. De 1992 até hoje, os pólos de Marte desapareceram  60 por cento e Vênus tem quase o dobro de luminescência. Passamos 300 anos registrando o Sol e as tempestades solares maiores têm ocorrido nos últimos seis meses. Houve um aumento de terremotos de 425 por cento. Tudo está  acelerado dos pontos de vista geofísico e solar. Nosso cérebro, que irradia  suas próprias ondas, é afetado por essa maior irradiação do sol. Essa carga eletromagnética é o motivo por que  sentimos o tempo mais rápido. Não é o tempo físico, mas o tempo de percepção emocional.

Fale sobre 1992. Por que este ano? O que aconteceu ?

A essência das profecias maias é comunicar a existência de um ciclo de 26.000 anos, chamado "o grande ciclo  cósmico". Tudo, estações, meses, dias se ajustam a esse ciclo. Há 13 mil anos atrás, o sol –assim como agora- irradiou mais energia no planeta e derreteu a camada de gelo . Essa camada desaguou no mar, elevou o seu nível em 120 metros e ocorreu o chamado "Dilúvio Universal ". Os Maias disseram que quando o sistema solar estiver  novamente a 180 graus de onde estava a 13.000 anos atrás, a Estrela do Norte brilha sobre o pólo, a constelação de Aquário aparece no horizonte e o trânsito décimo terceiro de Vênus se der -  o que vai acontecer em 6 de junho de 2012 - o centro da galáxia pulssará  e haverá manifestações de fogo, água, terra, ar. Eles falam, especificamente, de dois períodos de vinte anos , de 1992 a 2012 e 2012-2032 - de intensas mudanças.

Por que anunciavam isso?

A proximidade da morte faz com que as pessoas repensem suas vidas, examinem e corrijam a direção que tomam. Isso é algo que ocorre somente se algo se aproxima de você, ou você passa diretamente, te impacta tremendamente. Isto é o que tem acontecido com os tsunamis,os terremotos, as catástrofes naturais de que vivemos, os conflitos sociais, economicos, etc.

Então, eles falam de morte.
Eles falam de mudança, de um despertar da consciência. Tudo o que está errado com o planeta está se potencializando com o objetivo de que a mente humana se dedique a resolvê-lo. Há uma crise de consciência individual. As pessoas estão vivendo "eventos de destino", seja em seus relacionamentos, seus recursos, em sua saúde. É um processo de mudança que se baseia principalmente no desdobramento invisível, e está afetando em especial  à mulher.

Por que as mulheres?

A mulher é quem terá o poder de criar a nova era, devido à sua maior sensibilidade. De acordo com as profecias -  não só as maias, mas muitas-,  a era que se aproxima é de harmonia e espiritualidade. As coisas que estão mal vão se resolver no período que os Maias chamaram de "tempo do não tempo", que será de 2012-2032. Desde 1992, o percentual de mulheres que vêem a aura (seres curadores) do planeta tem aumentado. Hoje, é de 8,6 por cento. Imagine que em 2014 seja de 10 por cento. Isso significaria o início de um período mais transparente. Essa seria a direção da mudança não violenta.

Mas o que se vê hoje é um aumento na agressividade ...
As duas polaridades são intensificadas. Estão abertos os dois caminhos, o negativo, escuro, destruição, de  confronto do homem com o homem; e o de crescimento da consciência. Existem várias vozes que estão levando os seres humanos a pensar sobre isso. Desde 1992, as informações proibidas dos gnósticos, dos maçons, dos Illuminati, estão abertas para que se utilize  no processo de mudança de si mesmo. A religião esta acabando e a religiosidade é que irá permanecer.

Tudo isso , os Maias deixaram de escrito, assim específico?

Não a esse ponto. Eles disseram que o sol iria mudar as condições do planeta e criar "eventos de destino ". O sol bateu todos os recordes este ano. Os  Terremotos aumentaram 425 por cento. A mudança de temperatura é muito intensa: de 92 para cá aumentou quase um grau, o mesmo que  subiu nos últimos 100 anos anteriores. Antes, havia 600 ou 700 tormentas elétricas simultâneas, hoje há duas mil. Antes se registravam  80 raios por segundo, agora caem entre 180 e 220.

Como eles sabiam que isso ia acontecer?

Eles tinham uma tecnologia extraordinária. Em suas  pirâmides havia altares de onde eles estudaram o movimento do sol no horizonte. Produziam gráficos com os quais sabiam quando haveria as manchas solares, quando aconteceriam tempestades elétricas. Foi um conhecimento que receberam dos egípcios, que, por sua vez, o receberam dos sacerdotes sobreviventes da Atlântida, civilização destruída 13.000 anos atrás. Os Maias  aperfeiçoaram o conhecimentos e foram os criadores dos calendários mais precisos. Um deles, chamado “Conta larga” termina em 21 de dezembro de 2012, e marca o ponto do centro exato do período de 26.000 anos. Eles sabiam que essas mudanças estavam vindo e o que eles fizeram foi dar essa informação para o homem de 2012.

Será que estas mudanças só foram levantadas por eles?
Todas as profecias falam da mesma coisa. Os hindus, por exemplo, anunciam o momento de mudança e falam sobre a chegada de um ser extraordinário qual o mundo ocidental cristão apregoa. Os Maias nunca falaram de um ser extraordinário que viria para nos salvar, mas falaram de crescer em consciência e assumir a responsabilidade, cada ser na sua individualidade.

E se as pessoas não acreditam nisso?
Acreditando ou não, vai  senti-lo no seu interior. A mudança que estamos vivenciando não é algo de se acreditar ou não. Neste momento, a maioria está vivendo um tempo de avaliação de sua vida. Por que estou aqui, o que está acontecendo, para onde eu quero ir? Basta olhar o crescimento da busca de espiritualidade, não de religiosidade, porque a religião não está dando mais respostas às pessoas.

A sua vida pessoal mudou?

Há quinze anos atrás, eu era tremendamente materialista. Minha conduta é muito diferente hoje. Eu me perguntei por que  estava aqui, para quê, e por razões especiais acabei metido no mundo Maia. E posso afirmar que não se tratam de crenças falsas para substituir crenças falsas. Tirei muitas histórias da minha mente, mas eu ainda estou no terceiro nível de consciência, que é dominante no planeta.
Quem está mais em cima?

Há pessoas que estão em um nível 4 ou 5. São as menos famosas, de perfil baixo. Em uma viagem  conheci um jardineiro extraordinário, por exemplo. Estes seres estão em serviço permanente, afetando a vida de muitas pessoas, mas não publicamente.

O que devemos fazer, de acordo com essa teoria?

O universo está nos dando uma oportunidade individual para reestruturar nossas vidas. A maneira de sincronizar-nos é, primeiro, não ter medo, perceber que podemos mudar nossa consciência. A física quântica já disse: a consciência modifica a matéria. O que significa que sua vida depende daquilo que você pensa.
A distância entre causa e efeito tem diminuído. Há vinte anos atrás, para que se manifestasse algo em sua vida, necessitava-se  de muita energia. A vinte anos atrás qualquer fator de punição de um ato maldoso ganhavam-se os anos para receber alarde. Hoje tudo ganha destaque rápido. A corrupção pelo mundo a fora tem ganhado destaque internacional. As ditaduras estão caindo. As religiões estão a cada dia mais problemáticas.
Hoje, você pensa algo e em uma semana está acontecendo. Sua mente causa isso. O que devemos é buscar, as respostas estão aí. Basta ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.